23.10.18

15 anos

Era 1989 ou algum tempo depois, o momento pouco importa.
em minha memória afetiva ela tocava a valsa de durand (ou alguma outra música) na sala de casa.
não sei se isso aconteceu assim, mas me fez querer tocar piano.

ela era minha mãe.
depois de 15 anos, memórias vividas e criadas se misturam.
seu câncer, um leiomiosarcoma, me deu motivos para uma luta de vida.

ela foi uma pessoa incrível, cuja vida decidiu que cedo devera partir.
à minha primeira professora - que fez muito mais do que me alfabetizar em duas línguas,
me ensinou a ser gente, a dar vazão à arte e criatividade, a ser humilde e não tratar os diferentes com indiferença, que continua a inspirar mesmo em momentos de trevas - agradeço a oportunidade de ser quem sou.





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